[Bancariosdebase] declaração sobre a GM

Daniel tzitzimitl em terra.com.br
Segunda Agosto 20 15:46:26 UTC 2012


  Segue declaração do Espaço Socialista sobre as demissões na GM
de São José dos Campos e os desacordos que temos com a política que
foi adotada pela direção do sindicato dos metalúrgicos da região.
 Daniel
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 “So, understand! You waste your time always searching for those
wasted years! 
 Face up! Make your stand! And realize your living in the golden
years!” 
 “Então, entenda! Você perde seu tempo sempre buscando por aqueles
anos perdidos! 
 Encare! Tome uma posição! E perceba que você está vivendo nos
anos dourados!” 
 Iron Maiden, “Wasted Years” 
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	GENERAL MOTORS - SãO JOSé DOS CAMPOS: O ACORDO COM A PATRONAL
AVANçA PARA DEMISSõES! 
	Já chamamos a atenção em outras matérias para o fato de que o
Brasil volta a sentir os efeitos da crise mundial do capitalismo. Essa
crise, que se manifestou em 2008, não é apenas mais uma crise
cíclica, mas tem raízes em uma profunda crise estrutural cuja
manifestação mais cruel para os trabalhadores tende a ser o
desemprego crescente (visível nos países centrais), a precarização
das condições de trabalho e dos serviços públicos, dentre outros. 

	Cada empresa tenta fugir da crise aumentando sua produtividade, com
maior enxugamento da mão de obra e cortes de direitos. Como todas
aplicam as mesmas medidas, a crise tende a se agravar, pois mais
pessoas são expulsas do consumo até dos bens mais básicos. 

	A crise pode até ser contornada, mas não solucionada nos marcos do
capitalismo, pois a busca incessante pelo maior lucro possível está
no coração do sistema. 

	A crise também leva a burguesia a um endurecimento cada vez maior
frente aos trabalhadores, pois do ponto de vista de cada empresa, não
há outro meio de contornar a crise a não ser demitindo e cortando
salários (custos). 

	A única forma de resolver essa crise a favor dos trabalhadores é
rompendo com a lógica do lucro, reorganizando a produção e a
sociedade sob decisões coletivas e democráticas dos trabalhadores.
Só assim é possível, hoje, termos uma melhoria real do padrão de
vida em harmonia com a natureza. Caso contrário, o capitalismo só
nos levará ao desemprego, miséria, guerras e barbárie. 

	Da parte dos trabalhadores e suas organizações, dois caminhos se
colocam: o da luta e resistência contra a lógica do capital (lucro e
produção alienada dos trabalhadores), ou então a aceitação dessa
lógica e consequentemente a perda dos referenciais anticapitalistas,
o que só pode levar à aceitação das derrotas. 

	Temos visto como o PT e a CUT desde 1991, com as Câmaras Setoriais
(câmara de composição mista), deixaram de mobilizar os
trabalhadores contra as medidas do capital e passavam a discutir
“saídas” a partir dos interesses dos patrões. 

	Agora porém, começamos a ver direções de esquerda, que antes se
contrapunham a essas “saídas conjuntas” com a patronal, irem para
as mesas negociar sob o princípio do respeito à lucratividade do
empresariado, o que só pode levar a derrotas para os trabalhadores. 
	ACORDO COM A GM NãO SUSPENDEU AS DEMISSõES! POSTERGOU POR DOIS
MESES E MUDOU A FORMA! 
	Segundo entrevista do presidente do Sindicato, Barros – Macapá,
militante do PSTU, “Esse acordo foi uma vitória, ainda que parcial.
Vamos continuar a luta para garantir que, após esse período, os
empregos sejam preservados, que a fábrica tenha mais competitividade
e que a GM faça novos investimentos em São José.” 

	Segundo o dirigente, “o sindicato está aberto a negociações.
Primeiro vamos cuidar dessa primeira etapa e depois analisar a segunda
fase, que é negociar com a empresa medidas para a fábrica de São
José’” (Jornal _O Vale_). Matéria no mesmo sentido encontra-se
no sítio do PSTU. (www.pstu.org.br)  

	A afirmação de que as demissões foram suspensas e que isso “foi
uma vitória, ainda que parcial” não corresponde de forma alguma à
realidade! _Todas as cláusulas do acordo avançam no sentido claro de
concretizar as demissões, provocando a divisão, desmoralização e
deixando os trabalhadores à mercê das iniciativas da empresa,
_senão vejamos: 

	Em primeiro lugar, houve a suspensão do contrato de trabalho
(conhecida como ‘lay-off’) de 940 funcionários do setor MVA
(Montagem de Veículos Automotores), cuja produção está sendo em
grande parte desativada. Essa suspensão vai até o final de novembro.


	A General Motors será a terceira montadora a adotar o lay-off
(suspensão temporária do contrato de trabalho) nos últimos três
meses. Na Mercedes Benz de São Bernardo do Campo (SP) 1,5 mil
trabalhadores foram suspensos de junho a outubro. Outros 270
operários da MAN de Resende (RJ) entraram no programa no período de
julho a novembro. (_O Estado de S. Paulo - 06/08/2012_) 

	Com o Lay-Off, a empresa consegue dividir os trabalhadores, afastando
uma grande parte e já rotulando-os como desnecessários aos olhos dos
demais trabalhadores, de si próprios e da sociedade. Já temos
experiência para saber que isso tem o efeito de desmoralizar e
desmobilizar os afastados, levando muitos a desistir da luta e a
procurar saídas individuais. 

	Durante esse tempo, a empresa não arcará sequer com a totalidade
dos salários do pessoal afastado. Após receberem por 15 dias de
férias, entrarão em suspensão de contrato recebendo R$1.163,00
mensais do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador, sustentado pelo FGTS).
A empresa apenas complementará até atingir o valor do salário. Ou
seja, é o dinheiro dos trabalhadores servindo para pagar outros
trabalhadores. A empresa deixa de se responsabilizar pelos salários,
avançando em seu objetivo de demissão.  

	Mas para receber seu salário, os 940 trabalhadores afastados terão
que realizar cursos de qualificação. Qual o sentido desses cursos
senão desmoralizar e desmobilizar ainda mais esses trabalhadores? A
mensagem é clara: enquanto estão afastados, já vão se preparando
para procurar outro emprego... 

	Além disso, pelo acordo a empresa mantém o mesmo ritmo na
produção do Classic, com metade dos funcionários. 

	Mas e os outros 900 funcionários que ficaram na empresa? Abre-se
novo PDV (Programa de Demissão Voluntária). 

	A empresa já havia aberto outros PDV’s antes e não havia mais
ninguém querendo aderir. O sentido de um novo PDV só pode ser o de
pressionar individualmente os trabalhadores a aceitarem a demissão.
Há vários mecanismos para isso, desde pacotes até ameaça pura e
simples das chefias. 

	Portanto, no período dos dois meses em que durar o Lay-Off, novas
demissões vão ocorrer mesmo entre o pessoal que não foi afastado. 

	Durante esse tempo de “negociações”, conforme indica o acordo,
a empresa também vai pressionar fortemente os trabalhadores e o
sindicato por uma nova grade salarial mais rebaixada e pela
flexibilização da jornada (banco de horas), caso contrário se
recusa a fazer novos “investimentos futuros”. 

	Após essa maioria de demissões terem sido impostas, os que sobrarem
estarão muito mais enfraquecidos. A empresa poderá então
demiti-los, seja de forma negociada ou direta. 

	PORTANTO, NãO Há VITóRIA ALGUMA NESTE ACORDO, NEM MESMO
PARCIAL!Vitória seria uma suspensão pura e simples das demissões,
mas o conteúdo do acordo é bem diferente. NA PRáTICA ELE VIABILIZA
AS DEMISSõES, MESMO QUE DE FORMA MAIS MEDIADA. 

	O que vemos então é que a política levada à frente pela direção
do sindicato (PSTU) termina por esconder a verdade a fim de diminuir o
impacto dessa profunda capitulação. 

	Esse acordo representa uma capitulação gravíssima da direção do
sindicato (tenha ele planejado isso ou não) à GM, pois na prática
convalida o processo que tende a levar à desmobilização,
desmoralização e demissão de milhares de trabalhadores. Isso tudo
em um contexto muito mais difícil de se conseguir novos empregos,
pois a reestruturação nas empresas é uma tendência geral! 
	RESGATAR BANDEIRAS HISTóRICAS DA CLASSE TRABALHADORA E NãO NEGOCIAR
NOS TERMOS DOS PATRõES 
	Não é mais possível manter os empregos dos trabalhadores e ao
mesmo tempo a lucratividade exigida pelo capital financeiro
globalizado. É preciso discutir isso abertamente com os trabalhadores
e ao mesmo tempo levantar as palavras de ordem no sentido da ruptura
com a lógica do lucro, pela redução da jornada de trabalho sem
redução dos salários, estatização sob controle dos trabalhadores
das empresas que ameaçarem demitir ou se mudar. Só os trabalhadores
podem imporoutra lógica de produção, não mais em base ao lucro. 

	No caso da GM, nos últimos 15 meses só em São José dos Campos já
haviam sido demitidos 1.400 trabalhadores, o que mostrava a intenção
clara da reestruturação. 

	Mas a política praticada pelo PSTU, decorrente de anos de
acomodação de seus militantes a um sindicalismo limitado e
imediatista; sem realizar, portanto, o trabalho político e
ideológico anticapitalista junto aos trabalhadores... agora mostra
graves consequências. Os trabalhadores da GM, assim como antes os da
EMBRAER em 2009, não foram preparados para essa situação. Vimos
levantando essa limitação do PSTU faz tempo. 

	Mas agora houve um fato muito pior: deixou-se de lado bandeiras e
posturas classistas e revolucionárias, justamente no momento em que
elas se mostram mais necessárias. 

	Durante todo esse período em que se discutia a ameaça das
demissões na GM e outras empresas, O PSTU, QUE TAMBéM DIRIGE A CSP-
CONLUTAS, SIMPLESMENTE DEIXOU DE LADO A BANDEIRA CLáSSICA DE
REDUçãO DE JORNADA DE TRABALHO SEM REDUçãO DE SALáRIOS E A
ESTATIZAçãO DAS FáBRICAS SOB O CONTROLE DOS TRABALHADORES,
BANDEIRAS ESSAS QUE PERMITIRIAM MANTER O TRABALHO DE TODOS. 

	Em seus materiais e na reunião de negociação entre o Ministério
do Trabalho, o sindicato e a GM, a direção do sindicato apresentou
como proposta “para garantir a manutenção dos postos de trabalho
na fábrica de São José dos Campos: produção integral do
[automóvel] Classic na planta local; nacionalização do Sonic, que
é importado da Coréia do Sul; e volta da produção de
caminhões.”
(http://www.sindmetalsjc.org.br/imprensa/ultimas-noticias/885/gm+se+compromete+a+nao+tomar+decisoes+sobre+o+mva+ate+dia+4.htm)
Ou seja, uma proposta que nada mais é do que uma “sugestão” de
como administrar o capital. 

	Essa proposta também é complicada porque não responde ao problema
a partir de uma visão da classe trabalhadora de conjunto. Se a GM
optasse pela produção do modelo Sonic aqui, o problema iria para os
trabalhadores da Coréia do Sul. Ou ainda, se o Classic passasse a ser
produzido em São José dos Campos (SJC), seriam os trabalhadores de
São Caetano e de Rosário na Argentina (onde também são produzidos
esses carros) que teriam os seus empregos ameaçados.  

	É preciso uma política que responda ao problema para o conjunto da
classe trabalhadora de São José dos Campos, mas também para os
trabalhadores da Coreia do Sul, de São Caetano, de Rosário e todos
os outros. 

	Temos que dizer aos trabalhadores que a única forma de preservar os
empregos é através de uma dura luta contra a lógica do lucro,
devendo envolver não apenas os funcionários da GM São José, mas
uma verdadeira campanha nacional contra as demissões, com a GM no
centro. 

	Além disso, é preciso provocar a mobilização de todos os
trabalhadores da cidade, chamar à greve total da empresa por tempo
indeterminado e não apenas de 24 horas como foi feito, ir às demais
fábricas da GM e da região como forma de buscar o apoio, inclusive
dos trabalhadores da GM em outros países. A necessária
radicalização dos métodos, inclusive com ocupação da fábrica,
são armas necessárias, sem o que não se consegue barrar um processo
de reestruturação profundo como esse. 

	A CSP-Conlutas dirige vários sindicatos importantes, e no entanto, o
que foi feito nesse período? Não houve e não há uma campanha
efetiva contra as demissões capaz de fazer frente à nova realidade. 

	As demissões foram tratadas como algo da GMe, no máximo, de SJC,
não como um problema nacional que simboliza o que a patronal pretende
fazer no próximo período em várias fábricas. De nossa parte,
alertamos isso na primeira reunião da Coordenação Nacional da
Central Sindical e Popular - Conlutas, ocorrida no Rio de Janeiro. 

	A Resolução que propusemos em conjunto com os companheiros do
Movimento Revolucionário chamava a atenção para a necessidade de se
contrapor de forma ampla e profunda ao plano de demissões da GM e
demais empresas, com as palavras de ordem de redução da jornada de
trabalho sem redução dos salários e estatização das empresas que
ameaçassem demitir em massa, sob controle dos trabalhadores. 

	No entanto, a maioria da direção da CSP-Conlutas recusou essa
resolução e aprovou outra proposta muito mais recuada, que não
armava os trabalhadores nem da GM, nem de outras empresas e categorias
para lutar contra o grande ataque que estava (e ainda está) por vir. 

	Se tudo isso tivesse sido feito, talvez mesmo assim não fosse
possível barrar as demissões, mas pelo menos haveríamos tentado
realmente, em uma luta política nacional que serviria de aprendizado
para outras maiores que certamente virão. 

	Em vez de ir à esquerda no sentido da expansão e radicalização do
movimento, bem como das bandeiras de luta, o sindicato foi discutir
“saídas” junto ao empresariado, a partir de sua lógica de maior
lucratividade. Maior exemplo de capitulação, impossível! 
	MAIS UMA CAPITULAçãO DO PSTU... 
	Infelizmente essa capitulação foi precedida por outras, como a
aceitação do PSTU em compor a “Mesa Nacional da Construção
Civil”, um fórum tripartite que visa estabelecer acordos envolvendo
patrões, governo e trabalhadores que só pode levar à aceitação
das propostas patronais. 

	No plano político, tivemos agora a participação do PSTU em uma
frente eleitoral com o PC do B (um partido governista) em Belém,
sacrificando a necessária e educativa disputa de consciência
antigovernista junto aos trabalhadores em troca da possibilidade de
eleger um vereador... 
	QUANDO A REALIDADE EXIGE IR MAIS à ESQUERDA, PSTU VAI à DIREITA! 
	Em 2009, primeiro momento de impacto da crise, essa situação já
havia sido demonstrada quando das demissões da EMBRAER, em que a
linha do partido foi absolutamente insuficiente, aquém das
necessidades. 

	Mas alguém poderia dizer que se tratava de uma situação atípica,
que pegou a direção do partido e da CONLUTAS desprevenida, o que
não dá para dizer para o caso atual da GM. 

	Mesmo que não tivesse sido possível barrar as demissões e se
chegasse por decisão dos trabalhadores a esse acordo, todos os
esforços deveriam ter sido feitos no sentido de agitar bandeiras
clássicas dos revolucionários, o que de modo algum ocorreu.  

	Uma organização revolucionária não deve, principalmente nos
momentos centrais em que entram em choque projetos diferentes de
sociedade e de lógica social, abandonar o terreno das propostas
socialistas para ir discutir sob a lógica das propostas do capital. 
	NENHUMA CONFIANçA EM DILMA! 
	Outra política que o PSTU tem defendido é a exigência para que
Dilma evite as demissões. Essa exigência é feita com o mote
“Dilma, com IPI reduzido e desoneração, não dá para aceitar
demissão”. Tanto a redução do IPI como a desoneração da folha
de pagamento são políticas do governo para ajudar a patronal e
também para atacar a previdência social (onde a desoneração
repercute). Além disso, mesmo que não houvesse redução do IPI e
desoneração, não se pode aceitar as demissões! 

	Essa política tem vários problemas: a) joga ilusão de que o
governo Dilma pode fazer algo em defesa do emprego dos trabalhadores,
sendo que já deu várias provas de que é um governo do e para o
capital. Basta ver a intransigência com a Greve do Funcionalismo
Federal; b) atua em um nível muito rebaixado da consciência, pois
não diz para os trabalhadores que são eles os únicos que, com muita
luta, podem evitar as demissões. 
	CHAMAR A TODOS OS TRABALHADORES A BARRAREM AS DEMISSõES COM A LUTA! 
	1) As ameaças de demissões devem ser respondidas com a greve dos
trabalhadores e com os demais instrumentos que se fizerem
necessários, como paralisações em outras empresas, ocupações,
etc, buscando estender esses métodos de luta para as regiões e
demais categorias. A GM deve ser pega como centro neste momento,
através de uma campanha geral em todo o país, particularmente nos
polos industriais; 

	2) Combinar a campanha contra as demissões com boletins, carros de
som, internet com a denúncia dos empresários, do governo, e do
capitalismo enquanto sistema que em sua crise estrutural apresenta o
desemprego e a precarização dos contratos e dos direitos como sua
principal consequência; 

	3) Nesse marco, chamamos os trabalhadores a rejeitarem qualquer
política de demissão pactuada, PDV's, etc; 

	4) Denunciar as centrais pelegas que apoiam abertamente ou por
omissão os planos de reestruturação das empresas e as demissões.
Chamar a unidade na luta também com os trabalhadores de categorias
cujos sindicatos são ligados a essas centrais, para se mobilizarem
contra as demissões, rompendo com as amarras de suas direções.
Buscar a unidade com os trabalhadores das empresas em outras plantas e
países. 
	BANDEIRAS: 
	- Redução da jornada de trabalho para 36 horas sem redução dos
salários, de modo que haja empregos para todos! 

	- Estatização, sob controle dos trabalhadores, das empresas que
ameaçarem demitir ou se mudar! 

	- Abertura da contabilidade das empresas, sob controle dos
trabalhadores, para aferir sua real condição! 

	- Por uma lei federal que proíba qualquer demissão enquanto durar a
crise! 

	- Reintegração de todos os demitidos! 

	- Por um governo dos trabalhadores que proíba as demissões. A
situação só poderá ser resolvida através da reorganização geral
da produção no país pelos trabalhadores com um governo apoiado nas
organizações de luta!
-------------- Próxima Parte ----------
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