[Bancariosdebase] Digest Bancariosdebase, volume 32, assunto 40
Israel Fernandez Junior
israelfernandezjr em gmail.com
Sexta Agosto 31 12:37:46 UTC 2012
Bom dia companheiros!
Os dois pontos colocados pelo companheiro do CL são muito pertinentes e
como a pressão do tempo é muito grande, quero propor que o item da PLR seja
retirado do panfleto, se isso for possível ainda. Concordo com o raciocínio
feito e como não discorremos nada sobre isso no corpo do panfleto, acho que
não teria problema fazê-lo. Se for algo que não crie problema, no sentido
de ser necessário mais discussão ou que vá deixar a pauta de reivindicações
confusa, colocaria no lugar, um item “fim da terceirização” e também
“estatização do sistema financeito”.
Não sei os números nos bancos públicos, mas nos Correios e Petrobras, a
terceirização é de 1/3 e 3/4 respectivamente. É a privatização à moda
petista. O outro item dá pra abrir discussão sobre a função do banco
público que o governo vem introduzindo nesta campanha no Banco do Brasil .
O quadro que o Messias descreve é preocupante e acho que é fruto do
peleguismo das direções majoritárias do movimento. Gostaria de ir
aprofundando a discussão se poderemos ter surpresas da base atropelando as
direções nas categorias que vão lutar agora (Correios, bancários,
petroleiros e metalúrgicos). Ainda não compreendo em toda a sua dimensão o
processo que aconteceu nos correios com a tomada da federação pela
oposição. O quanto de aspectos positivos eles conseguirão contaminar as
outras categorias em luta nesse período para radicalizar e fortalecer o
movimento. Falo isso pelo que acompanho pela internet e dos métodos
incisivos de luta e organização que vi. Gostaria que os companheiros dessem
informes sobre a campanha deles.
É necessário calendário de luta e que os bancários de base pudessem
elaborar algo sobre isso para diálogo com as outras forças que atuam no
movimento e principalmente com a base. Um ponto que proponho é que haja
atividades como paralizações nos dias que as outras categorias iniciarem a
greve. Parece que o Correio será o primeiro, então, no dia 11 de setembro,
os bancários fariam paralizações para indicar que queremos unificação de
forças. Unir militância para panfletagem, carros de som, etc.
Abraço a todos!
Em 30 de agosto de 2012 14:02,
<bancariosdebase-request em lists.aktivix.org>escreveu:
> Enviar submissões para a lista de discussão Bancariosdebase para
> bancariosdebase em lists.aktivix.org
>
> Para se cadastrar ou descadastrar via WWW, visite o endereço
> https://lists.aktivix.org/mailman/listinfo/bancariosdebase
> ou, via email, envie uma mensagem com a palavra 'help' no assunto ou
> corpo da mensagem para
> bancariosdebase-request em lists.aktivix.org
>
> Você poderá entrar em contato com a pessoa que gerencia a lista pelo
> endereço
> bancariosdebase-owner em lists.aktivix.org
>
> Quando responder, por favor edite sua linha Assunto assim ela será
> mais específica que "Re: Contents of Bancariosdebase digest..."
>
>
> Tópicos de Hoje:
>
> 1. Re: CL para Daniel (Daniel)
> 2. Re: informe reunião bancários e encaminhamentos (Daniel)
>
>
> ----------------------------------------------------------------------
>
> Message: 1
> Date: Thu, 30 Aug 2012 16:47:36 +0000
> From: Daniel <tzitzimitl em terra.com.br>
> To: <tzitzimitl em terra.com.br>
> Cc: rodrigodoo em yahoo.com.br, bdbase lista
> <bancariosdebase em lists.aktivix.org>
> Subject: Re: [Bancariosdebase] CL para Daniel
> Message-ID: <49711.1346345256 em terra.com.br>
> Content-Type: text/plain; charset="utf-8"
>
> Olá compas do Bancários de Base
> Estou repassando mensagem do Rodrigo do Ó, do RJ, sobre o nosso
> panfleto.
> Daniel
> _________________________________________
> ?So, understand! You waste your time always searching for those
> wasted years!
> Face up! Make your stand! And realize your living in the golden
> years!?
> ?Então, entenda! Você perde seu tempo sempre buscando por aqueles
> anos perdidos!
> Encare! Tome uma posição! E perceba que você está vivendo nos
> anos dourados!?
> Iron Maiden, ?Wasted Years?
> _________________________________________
> On Qua 29/08/12 23:55 , Daniel tzitzimitl em terra.com.br sent:
> Oi Tha, obrigado por repassar.
> Rodrigo, o texto do panfleto ainda está sob minha responsabilidade
> para ser fechado, ainda não está fechado para ir para a gráfica e
> é possível fazer pequenas modificações, que não sei se vão
> contemplar as suas preocupações. Em relação à PLR, temos total
> acordo com esse raciocínio, discutimos isso nos nossos materiais nas
> campanhas passadas, a reivindicação tal como está lá é um
> "cochilo", por falta de espaço não sei se conseguiremos desdobrar
> melhor. Vou mandar uma nova versão assim que possível.
> De qualquer forma é só um primeiro contato entre nós nessa frente
> de atuação, seria um milagre se não houvesse nenhuma ressalva no
> panfleto.
> Aproveito para informar, em relação à Conferência, que já temos
> estadia para os 4 companheiros que virão conforme foi informado.
> ficarão na minha casa e do Márcio. Ainda estou afastado do trabalho
> e posso buscá-los no aeroporto.
> Daniel
> _________________________________________
> ?So, understand! You waste your time always searching for those
> wasted years!
> Face up! Make your stand! And realize your living in the golden
> years!?
> ?Então, entenda! Você perde seu tempo sempre buscando por aqueles
> anos perdidos!
> Encare! Tome uma posição! E perceba que você está vivendo nos
> anos dourados!?
> Iron Maiden, ?Wasted Years?
> _________________________________________
> On Ter 28/08/12 19:44 , Thais Helena
> asiwatchtheweatherchange em hotmail.com sent:
> Oi Dan,
> repassanbdo emnsagem do CL para você a pedido do Rodrigo:
> Bjoes!
> Tha
> *
> *
>
> Thais, o Yahoo bloqueou meu email (por causa da postagem do blog do
> CL sobre P2), e eu tenho que mandar um pro Daniel. Vou te passar por
> mensagem
> * _ há 8 horas_Rodrigo Silva
> *
>
> Daniel,
> obrigado pela resposta!
> a gente vai ter que pensar como se organizar, comigo aqui no Rio.
> sobre o panfleto, eu posso sim distribuir, apesar de algumas
> divergências, pra não embarreirar a construção dele.
> Mas tem um problema prático, o horário da assembleia: aqui no Rio
> tem sido 16h, não entendi essa de 14h
> E duas divergências que temos que discutir com calma:
> 1) Encontros, Conferência, CONTRAF etc
> Pessoalmente, acho que não tem sentido dizer que os fóruns devem
> ser boicotados. A Articulação ganha tudo porque é majoritária na
> base, simples assim. Os encontros estaduais são tão pequenos que se
> tivesse o mínimo de base participando, seria maioria. Então as
> conferências são esvaziadas não por causa de manobras da Artsind, e
> sim por causa do refluxo no movimento. Se houvesse um ascenso e a
> Artsind impedisse isso de se expressar, seria diferente, mas não é o
> caso, portanto eu acho que a política de boicotar os fóruns da
> CONTRAF é abstencionista e simplesmente deixa mais fácil para a
> burocracia controlar o processo. Aí "deslegitimar o processo" dizendo
> que ele é viciado não só é falso como deixa na boca dos pelegos o
> argumento: "vocês não vão ao encontro e depois dizem que não foi
> representativo".
> Por isso, aquele monte de sinais = no panfleto, igualando governo,
> PT, CUT e sindicato, são despolitizantes e "ensinam" o velho
> pensamento "é tudo a mesma merda".
> 2) PLR linear
> A PLR éum dos principais mecanismos para prender o trabalhador na
> lógica do banco. Quando você defende PLR linear, por trás dessa
> palavra de ordem aparentemente radical, está a aceitação da lógica
> "quanto mais lucro, melhor pro trabalhador". Nós, nas poucas vezes em
> que falamos desse assunto, usamos a política de exigir que os
> sindicatos façam uma campanha para que a PLR se transforme num
> aumento de salário permanente (e seja, assim, extinta). Mais
> importante que qualquer palavra de ordem específica, tem que ser o
> discurso contra esse atrelamento do salário aos resultados
> econômicos das empresas.
> São esses os pontos de divergência. Por favor, discutam em São
> Paulo.
> Um abraço!
>
>
> ------------------------------
>
> Message: 2
> Date: Thu, 30 Aug 2012 17:02:28 +0000
> From: Daniel <tzitzimitl em terra.com.br>
> To: "Utopia" <utopia_s em yahoo.com.br>
> Cc: rodrigodoo em yahoo.com.br, bancariosdebase em lists.aktivix.org
> Subject: Re: [Bancariosdebase] informe reunião bancários e
> encaminhamentos
> Message-ID: <50060.1346346148 em terra.com.br>
> Content-Type: text/plain; charset="utf-8"
>
>
>
> Olá comp em s
> A lista de e-mail do Bancários de Base não aceita arquivos anexos
> (não fui eu quem criou a lista e não sei configurar, o companheiro
> que fez isso não está mais no coletivo).
> Por isso, o texto do panfleto estava no corpo do e-mail, logo
> depois
> do informe. Estou reenviando abaixo, no corpo do e-mail e também com
> cópia para o e-mail pessoal do Messias com o arquivo anexado.
> Agora, comentando o que o companheiro disse sobre a campanha em
> geral
> e a mobilização, é preciso termos uma leitura da realidade como um
> todo. O que explica a grande mobilização da greve de 2004 e a
> desmoblização que existe hoje? Em 2004 foi o momento em que toda uma
> geração de trabalhadores mais antigos que tinha esperança no PT
> percebeu que o governo não estava do seu lado e foi à luta, ao lado
> de uma geração de trabalhadores mais recentes que percebeu que o
> trabalho nos bancos federais não era o que imaginavam e teriam que
> lutar para melhorar. Era um momento em que a economia brasileira e
> mundial estava se recuperando da crise anterior (2000 e 2001) e havia
> margem de manobra para fazer concessões. No momento atual aquela
> geração de trabalhadores mais antigos não está mais nos bancos,
> afastada pelas reestruturações, ou desanimou e não acredita mais na
> luta, e os trabalhadores mais novos foram cooptados pelas mesmas
> reestruturações com cargos e promessas de cargos, e trocou a luta
> coletiva pela busca de saídas individuais. Tudo isso explica as
> baixas participações nas campanhas. Ao mesmo tempo, todos continuam
> vivenciando um cotidiano insuportável, o que faz com que vejam na
> greve um alívio. Por outro lado, vivemos num momento de crise do
> capitalismo mundial, com reflexos ainda suaves no Brasil, mas que não
> tem perspectiva de solução à curto prazo e cujos efeitos devem se
> agravar. Assim, fica cada vez mais claro que o alívio temporário de
> não ir trabalhar na greve é insuficiente e é preciso lutar. Isso
> explica explosões localizadas de rebeldia como a que tivemos na
> assembleia do ano passado (para falar apenas na nossa categoria, e sem
> mencionar o processo que os servidores públicos federais acabaram de
> passar). Precisaremos na discussão de balanço retomar algumas dessas
> questões mais estruturas e atualizar um pouco da análise que temos
> sobre a categoria, contida na tese que desenvolvemos em 2009.
> Resumindo, a nossa política tem que ser ao mesmo tempo de propagando,
> ou seja, falar de questões estruturais (somos o único setor do
> movimento que ainda fala em estatização do sistema financeiro, sob
> controle dos trabalhadores), chamar a uma organização permanente e
> continuada depois da campanha, discurso para atingir aquele setor que
> está apático; e ao mesmo tempo temos que fazer alguma agitação e
> falar também ao setor que está disposto a ir à luta, indicando
> palavras de ordem de luta que podem motivá-los a tentar tirar a
> campanha das mãos da burocracia. Essa luta por uma campanha
> democrática é o que pode fazê-los se chocar com a direção do
> sindicato (e sua oposição consentida, conveniente e conivente) e
> concretizar uma experiência com esses dirigentes, que os faça depois
> compreender o nosso discurso sobre as questões estruturais e a
> organização ao longo do tempo. Essa é a lógica por trás do
> panfleto tal como o montamos. Está longe do ideal, pois não tivemos
> condições de fazer mais materiais ao longo do ano e agora no momento
> da campanha nossos recursos financeiros e forças militantes estão
> escassos. Mas enquanto à vida à esperança. Estou repassando essa
> mensagem também para os companheiros do RJ, para que possamos ir
> dialogando e recebendo também contribuições para a elaboração da
> nossa política (como a do e-mail anterior que repassei), até que se
> integrem à nossa lista, se decidirem fazê-lo.
>
> A título de informe, foi feita nessa quarta-feira a panfletagem no
> prédio São Bento do BB com o material restante da Frente.
> Saudações
> Daniel
> PS. Muita força para o Rodrigo na recuperação!
> _________________________________________
> ?So, understand! You waste your time always searching for those
> wasted years!
> Face up! Make your stand! And realize your living in the golden
> years!?
> ?Então, entenda! Você perde seu tempo sempre buscando por aqueles
> anos perdidos!
> Encare! Tome uma posição! E perceba que você está vivendo nos
> anos dourados!?
> Iron Maiden, ?Wasted Years?
> _________________________________________
> Texto do panfleto:
> LOGOTIPO ?A VOZ DO BANCÁRIO?
>
> Endereço do blog e e-mail:www.bancariosdebasesp.blogspot.com [1]
> bancariosdebase em yahoo.com.br
>
> Título do panfleto: CAMPANHA SALARIAL 2012
>
> Subtítulo: Não há crise para os banqueiros e governo: Reposição
> de perdas e 24% de reajuste já!
> A PAUTA REBAIXADA DA ATUAL DIRETORIA DO SINDICATO Só FAZ BEM AOS
> BANQUEIROS E AO GOVERNO. A Presidenta do Sindicato de São Paulo,
> Osasco e Região declarou que: ?Os maiores bancos do setor passaram
> de R$ 4,6 bi de lucro no ano 2000 para R$ 53,4 bi em 2011. Em pouco
> mais de dez anos tiveram crescimento de 1.054% (ou 471% se descontada
> a inflação do período). Ou seja, não há crise para os bancos no
> Brasil e os bancários, responsáveis por esse excelente resultado,
> sabem disso e querem sua parte?, concluiu.? Soa como escárnio
> esta declaração, quando, na mesma ocasião, a dirigente do maior
> sindicato do país apresenta como vitória o pseudo ?aumento real?
> de 13,93% de 2004 a 2011!!!
>
> Isso sem falar que a pauta entregue ao governo e aos banqueiros
> nesta
> campanha salarial de 2012, assim como as pautas da CUT dos anos
> anteriores, não contempla as perdas dos bancários do setor privado,
> e muito menos dos trabalhadores do setor público, cujos salários
> valem a metade do que valiam em julho de 1994, nem discute uma série
> de reivindicações históricas da categoria, como a estabilidade para
> os bancários dos bancos privados, fim das metas, fim da
> terceirização, etc.
> PT = GOVERNO = BANQUEIRO = CUT = SINDICATO = PAUTA REBAIXADA. De um
> lado as várias campanhas salarias seguidas em que não há conquistas
> (só a mentira do ?aumento real?) fazem com que os trabalhadores
> deixem de acreditar no sindicato e se afastem cada vez mais; de outro
> os dirigentes sindicais se aproveitam disso para não fazer nenhum
> tipo de resistência, mobilização e organização ao longo do ano,
> de modo que não haja mesmo participação dos trabalhadores na
> preparação da campanha. A pauta entregue pelo sindicato foi
> elaborada numa conferência composta apenas de dirigentes sindicais,
> afastados do trabalho, que não vivenciam a realidade do bancário.
> Estava presente o próprio governo, patrão da metade da categoria
> bancária, na pessoa do Ministro do Trabalho Brizola Neto. Nessa
> conferência foi tirado o índice de reajuste de 10,25%, que nem
> sequer foi submetido à assembleia na maior parte do país.
>
> Isso mostra que os dirigentes do sindicato, ligados à CUT, que por
> sua vez é controlada pelo PT, estão mais preocupados em obedecer o
> governo, que também é do PT. Desde a crise de 2008, os banqueiros
> receberam dos governos do PT mais de R$ 160 bilhões de reais para
> continuarem a fazer verdadeiras orgias financeiras com recursos
> públicos. Outra prova de parceria do PT e os banqueiros foi a
> mudança nas regras da poupança que rebaixou o rendimento, barateando
> a matéria prima dos bancos, que é o dinheiro. Com a mesma medida, o
> governo do PT permitiu que os títulos públicos da dívida voltassem
> a serem interessantes para os bancos, os maiores investidores, como
> forma de ?compensar? a queda dos juros.. O governo diminuiu o
> ?spread? de um lado, mas por outro, deu mais segurança ao
> patrimônio dos bancos, usando dinheiro público. Já, para os
> bancários só resta a demissão, tratamento por remédios de tarja
> preta e arrocho salarial.
> PAUTA QUE ATENDA àS NECESSIDADES BANCáRIOS: SOMENTE PELA LUTA! Nem
> tudo está perdido, ainda podemos salvar a nossa campanha salarial.
> Desde que haja luta podemos colocar em discussão uma pauta que atende
> os reais interesses dos bancários:
>
> - REAJUSTE DE 24% (QUE CORRESPONDE àS PERDAS DOS BANCáRIOS DO SETOR
> PRIVADO);
>
> - PLANO DE REPOSIçãO DE PERDAS SALARIAIS PARA OS BANCáRIOS DOS
> BANCOS PúBLICOS FEDERAIS:
>
> - PLR LINEAR DISTRIBUíDA IGUALITARIAMENTE PARA TODOS OS BANCáRIOS;
>
> - ISONOMIA DE SALáRIOS E DE DIREITOS PARA BANCáRIOS QUE EXECUTAM O
> MESMO SERVIçO, NIVELANDO POR CIMA;
> POR UMA CAMPANHA DEMOCRáTICA E SOB CONTROLE DA BASE! Companheiros,
> vivemos um momento de grande importância na vida de cada bancário,
> por tratar-se de questão que diz respeito ao seu sustento e de sua
> família e também de sua vida diária no local de trabalho. Um
> momento fundamental no desafio coletivo do bancário que é a data
> base da categoria.
>
> É nesse momento que se dá o encontro ?olho no olho?, onde os
> trabalhadores, que são a parte que produz a riqueza, vão tratar de
> seus interesses e seus problemas com o patrão, que é a parte que se
> apodera da riqueza produzida.
>
> Eles vivem a bolar planos para ganhar mais e mais dinheiro a
> qualquer
> custo, não se importando com as condições de trabalho ou
> demissões. Fazem isso o tempo todo, dia e noite. Nós somos aqueles
> que têm que colocar em prática os planos deles, mesmo em condições
> precárias, com muitos casos de adoecimento e sem sequer pensar no
> cliente e seus direitos. Somos ameaçados se tentamos argumentar ou
> questionar seus planos de se entupir de dinheiro. Nos tratam como se
> não fôssemos capaz de pensar, nos amordaçam e não temos voz com o
> patrão!
>
> Por isso, companheiros, nessa batalha que agora travamos com os
> patrões é fundamental que tenhamos voz! Que tiremos a mordaça que
> ele nos impõe! Que haja espaço e tempo para que, de maneira
> democrática, a categoria possa coletivamente demonstrar que, além da
> força de trabalho, também temos planos sobre como compartilhar a
> riqueza produzida por nós.
>
> Nas últimas campanhas salariais, o modo como foram conduzidas as
> assembléias não abriu espaço para que o bancário pudesse se
> expressar. Ao contrário, continuávamos com a mordaça ao termos que
> ouvir passivamente os intermináveis informes da diretoria do
> sindicato.
>
> É preciso e necessário mudar isso! Que nessa campanha salarial as
> assembléias não sirvam apenas para passar os informes da diretoria
> como se a assembléia fosse um aparelho de televisão. É preciso
> resgatar a fundamental importância da assembléia na condução de
> nossa luta, sendo um local onde não se tenha apenas informes, que
> são extremamente importantes para tomada de decisão, mas QUE O
> BANCáRIO TENHA ESPAçO PARA TRAZER SUAS PREOCUPAçõES SOBRE OS RUMOS
> DA CAMPANHA E TAMBéM PROPOSTAS PARA CONSTRUIR UM MOVIMENTO
> DEMOCRáTICO, SOLIDáRIO E MAIS FORTE.
> ASSEMBLEIAS EM QUE A BASE ORGANIZE A CAMPANHA. Há um sentimento de
> desconfiança dos trabalhadores em relação às últimas campanhas
> salariais, pois todos sentem que poderiam ter sido mais fortes. Os
> trabalhadores sentem que havia um roteiro pronto a ser seguido, e nós
> éramos apenas marionetes naquele jogo de cena. Uma das cenas era a
> mudança do horário das assembléias para a noite, para que os fura
> greves pudessem votar contra nós e acabar com a greve sem ter que
> parar de trabalhar. Outra cena é a de bancários em greve exaustos
> por acordarem cedo para fazer piquetes, convencimento aos demais
> bancários e população e depois enfrentarem o trânsito da
> metrópole com pouca possibilidade de intervenção na assembléia.
> Por isso defendemos a tática que foi consagrada na grande greve de
> 2004: assembleias às 14:00!
>
> Não às mordomias para fura greves! Que a assembléia seja um local
> de debates e organização da greve e que tenha papel ativo na
> construção de um movimento forte e com democracia para que os
> lutadores atuem com a confiança necessária para poder vencer. A BASE
> PRECISA TER DIREITO DE FALAR E FAZER PROPOSTAS. AS PROPOSTAS DA BASE
> TEM QUE SER DEBATIDAS E VOTADAS. AS VOTAçõES TEM QUE SER
> RESPEITADAS.
>
> No ano passado a assembleia votou propostas que a diretoria não
> acatou, conforme vídeos na internet (procurar no youtube:
> ?05.10.2011 - assembléia de bancários em São Paulo - segunda
> votação?). Não podemos permitir que isso se repita, e para isso
> é preciso que o maior número de bancários esteja nas assembleias.
> Defendemos:
>
> - ASSEMBLéIAS UNIFICADAS DA CATEGORIA ATé O FINAL DA GREVE E NO
> HORáRIO DAS 14:00!;
>
> - QUE OS REPRESENTANTES NA MESA DE NEGOCIAçãO SEJAM ELEITOS EM
> ASSEMBLEIA COM MANDATO REVOGáVEL;
>
> - QUE NãO SE ASSINE NENHUM ACORDO COM DESCONTO OU COMPENSAçãO DAS
> HORAS.
> UNIFICAR A NOSSA LUTA COM AS DOS DEMAIS TRABALHADORES! Temos que
> aprender com as lições da luta de outras categorias. Os
> funcionários públicos federais que entraram em greve recentemente
> poderiam conquistar muito mais se unificassem suas ações. Na nossa
> campanha, precisamos unificar a nossa luta com a de outros
> trabalhadores, buscando unificar calendários, piquetes, comando de
> greve. Correios e petroleiros também têm o mesmo patrão, o governo
> federal, e precisamos buscar formas conjuntas de derrotá-lo. Os
> Correios têm indicativo de greve para 11 de setembro. Essa data
> deveria ser a referência para a nossa greve.
> LUTAR POR UM OUTRO PROJETO PARA OS BANCOS! O assédio moral e a
> superexploração que estamos vivenciando todos os dias não são
> resultado da maldade deste ou daquele gerente, não podem ser
> resolvidos por meio de mesas de ?enrolação permanente? nem de
> ?comissões de ética?. O assédio é resultado de uma política
> geral dos bancos.É por isso que as PLRs futuras tem que ser
> discutidas em acordo separado, fora da campanha salarial. A campanha
> é por salário e não podemos depender do lucro dos bancos. Salário
> é para a vida inteira e tem que ser revalorizado!
>
> Precisamos discutir um projeto de banco público dos trabalhadores,
> que não esteja voltado para a concorrência comercial com os bancos
> privados, para a extorsão dos clientes via tarifas, ?produtos? e
> juros, e que não pratique a superexploração dos funcionários.
>
> Os bancos ganharam muito dinheiro sempre e agora que isso pode
> diminuir num período de crise os governos querem que os trabalhadores
> paguem o prejuízo. Precisamos recolocar em pauta como uma luta de
> toda sociedade a estatização do sistema financeiro sob controle dos
> trabalhadores.
> CONTINUEMOS ORGANIZADOS!Para termos uma greve de verdade seria
> preciso preparação e organização ao longo do ano, que a diretoria
> do sindicato não realizou. Nós do Bancários de Base propomos que os
> trabalhadores se reúnam, busquem formas de se organizar, elejam
> representantes combativos, delegados sindicais, cipeiros, etc., que ao
> longo do ano mantenham a organização e a resistência. Somente assim
> poderemos chegar com força na campanha salarial.
>
> Esse é o propósito do coletivo Bancários de Base. Somos
> trabalhadores que estão no dia a dia das agências e departamentos,
> enfrentando a cobrança dos gerentes, o excesso de clientes e a
> sobrecarga de serviço. Nos reunimos periodicamente para discutir
> maneiras de mudar essa realidade. Elaboramos nossos panfletos com
> nossos próprios recursos e divulgamos nossas idéias em nossa página
> na internet: www.bancariosdebases.blogspot.com.br Entre em contato:
> bancariosdebase em yahoo.com.br
> [2]
>
> FIM DO PANFLETO
>
> ---------------------------------------------------------------------------------------------------
> On Qua 29/08/12 05:36 , Utopia utopia_s em yahoo.com.br sent:
> Olá a tod em s! Como já previsto, governo, midia e burocracia, entre
> outros fatores levaram a greve dos federais em seus diversos ramos ao
> desgaste junto à opinião pública e enfraquecimento quanto à
> mobilização. Não esquecer que estamos falando de um setor do
> funcionalismo majoritariamente com renda média acima de $ 6.000
> reais. Isto afasta nossas possibilidades de movimento em conjunto com
> esse setor e nos coloca em situação de igualdade com outras
> campanhas, onde temos de "mendigar'' unidade de ação com correios,
> petroleiros, etc, o que raramente aconteceu nos últimos anos e mesmo
> assim de forma pífia, com a base querendo e tentando construir tal
> unidade e a"direção' boicotando. Por outro lado a categoria
> bancária como nos anos anteriores se encontra desmobilizada. Em
> privados, greve não existe. Nos públicos ela existe muito
> parcialmente na CAIXA e pior ainda no BB (nacionalmente). Nos bancos
> públicos menores , mesmo quando fortes, têm efeitos localizados, sem
> repercussão nacional. Pois é, já assistimos tal filme antes e nunca
> gostamos. Ou a categoria de conjunto constrói uma mobilização de
> fato, a partir dos locais de trabalho, com olt(s) funcionando,
> disputando e avançando na consciência, num trabalho lento mas
> consistente, etc, etc , ou pioraremos a cada campanha, como vem
> ocorrendo, infelizmente. Fora isto, restaria-nos '' a expontaneidade
> das massas", ou algo parecido como 2004.(que de conjunto, não
> soubemos lidar e muito pouco ou quase nada fizemos de aprendizado).
> Peço que seja enviada uma sistematização do material existente para
> nosso panfleto. Quanto à gráfica, mais uma vez nos propomos a ver o
> operacional quanto à diagramação, arte, impressão etc mais
> orçamento, sem problemas. Por outro lado turma, quanto ao nosso
> dia-a-dia nos locais de trabalho assédio, doenças profissionais,
> ambientes com relações desgastadas, disputas e competições,
> descasos e discriminações com usuários e clientes baixa-renda,
> juros e tarifas exorbitantes (sim), interposição fraudulenta de
> mão-de-obra, excesso de trabalho, banco de horas (de sangue),
> privatização disfarçada e explicita nos públicos, demissões nos
> privados, etc etc continuam e se intensificam. Valeu e até! PS. O
> Rodrigo finalmente está em casa, bastante debilitado, mas com muita
> vontade de se restabelecer e estamos com ele. Penso também (assim
> como os comp em s) que temos sim de cuidar da intervenção da Rosana na
> Cid de Deus com muito carinho, trabalho efetivo e consequência. "O
> povo unido é povo forte. Não teme a luta, nem teme a morte". " All
> power to the people".
>
> ------------------------------
>
> _______________________________________________
> Bancariosdebase mailing list
> Bancariosdebase em lists.aktivix.org
> https://lists.aktivix.org/mailman/listinfo/bancariosdebase
>
>
> Fim da Digest Bancariosdebase, volume 32, assunto 40
> ****************************************************
>
Mais detalhes sobre a lista de discussão Bancariosdebase