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Segue texto do Espaço Socialista com nossa posição sobre as eleições municipais de 2012<br>
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Daniel<br>
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“So, understand! You waste your time always searching for those wasted years! <br>
Face up! Make your stand! And realize your living in the golden years!” <br>
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“Então, entenda! Você perde seu tempo sempre buscando por aqueles anos perdidos! <br>
Encare! Tome uma posição! E perceba que você está vivendo nos anos dourados!” <br>
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Iron Maiden, “Wasted Years” <br>
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<H3><A name=titulo3></A>NESSAS ELEIÇÕES: O QUE FAZER?</H3>
<P>Há uma decepção e um mal-estar com as eleições. Essa descrença é geral e envolve as mais tradicionais “democracias”, como a França e a Grécia, pois setores cada vez maiores dos trabalhadores e da juventude veem que os vários governos e parlamentos eleitos agem em prol dos empresários e não hesitam em atacar os direitos e condições de vida dos trabalhadores, a maioria que os elegeu. <br>
É cada vez mais nítido que no chamado “jogo democrático” as empresas levam grande vantagem sobre os trabalhadores, pois podem bancar megacampanhas para eleger seus representantes. E como no capitalismo a corrupção é indispensável e não apenas um desvio de conduta, essas empresas passam a decidir sobre todos os rumos do país de acordo com as suas próprias necessidades e não do povo.<br>
Enquanto isso, quando os trabalhadores reivindicam algo como Saúde, Educação, moradia e transporte dignos, esses mesmos senhores logo mandam a polícia para bater, prender ou matar. <br>
A democracia que temos é a democracia burguesa, uma democracia dos ricos. Mas, para os trabalhadores continua um regime de opressão, pois mantém e aprofunda a exploração e o controle, mesmo que se empreguem alguns meios diferentes de uma ditadura militar. <br>
Com a crise estrutural do capital e o endurecimento dos patrões e dos governos sobre os trabalhadores, as tendências autoritárias estão se acirrando até mesmo em regimes considerados mais democráticos. Estão sob ataque o direito de manifestação, de greve e de ocupações sendo enquadrados como “formação de quadrilha”. <br>
Mesmo que por uma exceção sejam eleitos políticos éticos e bem intencionados há toda uma série de restrições políticas e legais quanto às mudanças realmente importantes para quem trabalha. <br>
Há todo um esquema de funcionamento para legitimar o poder da burguesia e do capital sobre a sociedade. O direito à propriedade privada da burguesia, por exemplo, está assegurado na própria Constituição. A Lei de Responsabilidade Fiscal limita os gastos com o funcionalismo para que sobre mais dinheiro para o pagamento dos juros das Dívidas ao capital financeiro. <br>
Por último, se a burguesia sentir a qualquer momento que seu poder e seus privilégios estão ameaçados é a primeira a recorrer aos golpes militares como se viu tantas vezes na história. <br>
Portanto, a primeira tarefa de uma organização socialista nas eleições é combater as ilusões de que através do voto possamos resolver qualquer um dos problemas estruturais como: ônibus lotado e caro, falta de moradia, falta de postos de saúde e de Educação de qualidade, falta de espaços culturais e de lazer, etc. <br>
Devemos dizer aos trabalhadores que confiem apenas em suas próprias forças e métodos de luta como greves, passeatas, ocupações, etc. e que acreditem em um processo de transformação da sociedade. <br>
Não defendemos a volta da ditadura militar, mas também não podemos aceitar a ditadura da burguesia. Precisamos de uma democracia real em que as decisões importantes estejam nas mãos dos trabalhadores e do povo pobre, para resolver de fato os problemas sociais. <br>
Não negamos que mesmo essa aparente democracia permite um espaço maior de informação, discussão e organização dos trabalhadores, mas a utilidade do período eleitoral para os trabalhadores é de podermos debater, nos organizarmos e fortalecermos a luta pelas mudanças que realmente interessem aos trabalhadores.</P>
<P><STRONG>EM TODAS AS CIDADES, OS MESMO PROBLEMAS...</STRONG></P>
<P>Os problemas que enfrentamos no dia a dia são comuns nas várias cidades, o que significa que sua causa é maior. São problemas da sociedade em que vivemos, do capitalismo, aprofundados pelos governos, seus agentes. <br>
Os serviços públicos em geral estão precarizados porque os governos Dilma, Alckmin, os prefeitos e congressistas cortam cada vez mais as verbas e investimentos públicos para que esse dinheiro seja direcionado para garantir a lucratividade do setor empresarial. <br>
Podemos ver isso no trânsito: Ao se priorizar o transporte individual, necessário para incentivar cada vez mais o consumo de mercadorias e o individualismo, não se investe na quantidade e nem na melhoria da qualidade de ônibus e trens, pois não é lucrativo. O mesmo ocorre na área da Saúde: Para favorecer os grandes planos de saúde cortam-se verbas do SUS. E assim os problemas vão se agravando em todas as áreas. O capitalismo está levando a humanidade à barbárie!</P>
<P><STRONG>É PRECISO DIZER QUE SOMENTE A LUTA MUDA A VIDA!</STRONG></P>
<P>Em cada cidade também há um grupo de famílias que enriquecem à custa da maioria que sofre sem estrutura nenhuma. Essas poucas famílias associadas às grandes empresas controlam a vida econômica e política de cada município. Dominam as empresas de ônibus, de coleta de lixo, de abastecimento de água, o comércio da região, etc. <br>
Para começarmos a resolver qualquer um dos problemas principais que afetam os trabalhadores precisamos romper com o controle dessas famílias sobre a cidade. <br>
Assim é preciso que a partir de cada local de trabalho, estudo, moradia e através de lutas, mobilizações, ocupações, etc. comecemos a assumir as decisões mais importantes e ter poder de fato. Por exemplo, mobilizarmo-nos contra o aumento de passagens, contra os aumentos e privilégios dos vereadores, contra a municipalização, por moradia, etc.</P>
<P><STRONG>UM PROGRAMA SOCIALISTA DOS TRABALHADORES PARA AS CIDADES E PARA O PAÍS!</STRONG></P>
<P>- Prioridade para o transporte público. Estatização das empresas de ônibus, sob controle dos trabalhadores. Aumento do número de ônibus e melhoria de sua qualidade. Tarifa social, subsidiada pelo município com arrecadação das empresas.<br>
- Aumento do número de postos de saúde e hospitais com melhoria de qualidade.<br>
- Barrar e reverter a Municipalização, mantendo o emprego dos professores que trabalham nessas escolas.<br>
- Apoio às lutas por moradia! Confisco e Expropriação de todos os imóveis não utilizados e sua inclusão em um programa público de moradia popular.<br>
- Redução dos salários de todos os cargos de confiança ao salário médio de um trabalhador especializado. <br>
- Que os trabalhadores administrem as cidades através de Conselhos Populares deliberativos e sem patrões! <br>
- Expansão dessas lutas e formas democráticas de gestão, no sentido de um governo nacional dos trabalhadores, baseado em suas organizações de luta! <br>
- Pelo socialismo como forma de organizar a sociedade em base às decisões coletivas e com democracia direta para o bem estar de todos em equilíbrio com o ambiente!</P>
<P><STRONG>RECHAÇAR AS CANDIDATURAS REPRESENTANTES DOS PATRÕES E DO GOVERNO!</STRONG></P>
<P>Independente da nossa vontade é um fato que mesmo descontentes e desanimados a maior parte dos trabalhadores vão comparecer às urnas e votar. Nessa situação em que amplos setores da classe trabalhadora vão votar, não é indiferente para quais candidaturas e partidos vão esse voto. <br>
Assim, mesmo priorizando as lutas diretas dos trabalhadores é preciso também disputar sua consciência com a burguesia, com a direita e com os setores governistas do PT. O voto dos trabalhadores deve expressar e fortalecer o lado dos trabalhadores, das nossas lutas e da unidade entre os que lutam. Ou seja, defendemos um voto de classe e de luta também nas eleições. <br>
Devemos rejeitar candidaturas dos vários partidos burgueses e governistas: do bloco PSDB/DEM/PPS ou do bloco PT/PMDB/PSB e seus apoiadores. Essas candidaturas somente vão aprofundar cada vez mais os ataques aos trabalhadores. Representam os nossos inimigos.</P>
<P><STRONG>OS PROBLEMAS NAS ORGANIZAÇÕES DE ESQUERDA E O CHAMADO A UM VOTO DE CLASSE!</STRONG></P>
<P>Por outro lado sublinhamos que mesmo entre as candidaturas que se apresentam no arco das lutas e da esquerda, há vários problemas. Primeiro, essas organizações comparecem às eleições sem denunciar em suas campanhas o caráter burguês dessa democracia e dessas eleições. Não destacam que a prioridade é estar nas lutas. Contribuem para manter as ilusões dos trabalhadores na democracia burguesa e nas eleições. Segundo, na ânsia por eleger, em vários municípios, alguns desses partidos coligam com partidos burgueses ou governistas. É o caso do PSOL em vários lugares, como em Minas Gerais. <br>
Mas o fato novo é a presença do PSTU coligado com o PC do B na disputa para a prefeitura de Belém. Ao coligar (ou seja, não é apoiar) com o PC do B, que há muito ultrapassou a barreira de classe, o PSTU adota uma política que perde a independência de classe, demonstra um forte desvio eleitoreiro, aceita passivamente as regras do jogo burguês e abre mão de uma política de esquerda a fim de eleger um vereador.<br>
Além disso, com a participação nessa frente o PSTU joga por terra todo o seu discurso sobre o papel dos revolucionários no processo eleitoral burguês, como se o voto fosse “uma simples tática”. <br>
Para nós, faz muita diferença o trabalhador votar nas candidaturas de esquerda ou nas do governo. <br>
Em Belém, o voto no candidato da frente PSOL/PC do B/PSTU não vai expressar uma oposição ao governo Dilma, pois um dos cabeças da frente, o candidato a vice-prefeito, é do PC do B e defensor entusiasta do governo. Não é verdade que o PC do B ocupa um papel secundário na frente, como a Nota da Direção Nacional quer fazer acreditar. Ver polêmica em: espacosocialista.org/node/345.<br>
Por último, mas não menos importante é o fato de que na maioria das grandes cidades não há frente, as legendas comparecem às eleições de forma totalmente fragmentada. Isso é o resultado de uma concepção de unidade limitada aos acordos de cúpula e aos interesses imediatistas de cada uma dessas organizações que impedem que possam subordinar as questões de programa, de alianças e de cabeças de chapa aos ativistas e lutadores em cada região. <br>
Nós, Espaço Socialista, defendemos que houvesse um Movimento Político dos Trabalhadores, também nas eleições, preparado por ampla convocação, realização de seminários e plenárias deliberativas abertas a todos os ativistas e lutadores em cada município de modo que tanto o programa como as alianças e as candidaturas fossem decisão coletiva e unitária. <br>
Os interesses aparatistas e de cúpula prevaleceram ainda desta vez e o resultado disso deve se expressar na dificuldade de se fazer campanha em meio à extrema fragmentação. <br>
Devido à fragmentação que se expressa em várias candidaturas da esquerda, aos problemas citados acima e às desigualdades próprias de eleições municipais em um país continental optamos por um chamado geral a um Voto de Classe sempre e quando as candidaturas expressarem as lutas dos trabalhadores, não estiverem coligadas com partidos governistas e não receberem dinheiro dos empresários, no arco do PSTU,PSOL,PCB e PCO, com possibilidade de voto nulo onde esses critérios não estiverem atendidos. <br>
Com essa posição buscamos a coerência na luta, o desenvolvimento da consciência dos trabalhadores e chamamos você a se reunir, debater e fortalecer com o Espaço Socialista esse polo prático de luta em busca da transformação geral da sociedade rumo a um outro tipo de sociedade, a socialista.</P>
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