[Bancariosdebase] informe e propostas

Daniel tzitzimitl em terra.com.br
Sábado Agosto 18 18:04:12 UTC 2012


    
	Olá comp em s 
	Na terça-feira tivemos uma reunião visando retomar a atividade do
coletivo, às vésperas da campanha salarial. A reunião deliberou dar
continuidade ao debate na reunião seguinte, neste sábado, 18. Como
não poderei estar presente, envio uma contribuição por escrito.
Faço a proposta de que os pontos 3, 4, 5 e 6 abaixo sejam objeto de
deliberação da reunião. 
	1º) Na reunião passada discutimos alguns elementos gerais de
análise da situação da categoria: 
	- em bancos privados o terrorismo corre solto e não há perspectiva
de resposta por parte dos trabalhadores; 

	- em bancos públicos o processo de privatização segue avançando
por dentro e os trabalhadores também estão sendo ganhos por saídas
individuais; 

	- a burocracia sindical está conduzindo o movimento com mão de
ferro para impedir que haja qualquer fórum de organização
independente ou de base; 
	2º) Partindo dessa análise entendemos que na próxima greve: 
	- teremos mais uma greve de fachada, com a burocracia colocando
faixas na frente das agências dizendo que há greve em bancos
privados; 

	- nos bancos públicos um grande número de trabalhadores vai aderir
à greve, por estar de saco cheio e não suportar mais as condições
de trabalho, mas esse setor não vai participar de piquetes e
assembleias, praticando a chamada “greve de pijama”; 

	- mesmo nos bancos públicos, há gerentes que dispensam
escriturários e caixas para “fazer greve” e enquanto isso a
agência funciona com os comissionados, sem atender o público em
geral, para bater as metas; 

	- a greve não vai afetar o funcionamento nem o lucro dos bancos; 

	- ao mesmo tempo, o setor de ativistas que faz greve ano a ano e que
ainda comparece às assembleias tende a se radicalizar, se opor à
burocracia e apoiar medidas democráticas no movimento; 
	3º) Diante disso, surgiram algumas propostas de como intervir no
movimento.  
	- não bancar a greve da Articulação, carregando o piano de fechar
agências a ferro e fogo; 

	- aproveitar a greve para visitar agencias, fazer reuniões e
panfletar; 

	- nas assembleias, combater a ditadura da Articulação e lutar pela
democracia no movimento; 
	4º) Em relação à intervenção nas assembleias, pensamos em
vários pontos que podem ser desenvolvidos e devem ser trabalhados nas
nossas reuniões como possíveis pontos de um panfleto. Pensando na
assembleia que vai deflagrar a greve, a Articulação geralmente faz
uma assembleia grande, mas não abre a fala, usa o microfone durante
mais de uma hora para cansar as pessoas e coloca em regime de
votação uma única proposta “greve ou não greve”, como a
Articulação vai fazer. Considerando também as nossas poucas forças
no momento e o tempo longo que levamos para fechar um panfleto, é
importante começar a esboçar alguns possíveis pontos. 
	- a questão não é greve ou não greve, mas qual a greve que
precisamos. A base precisa ter direito de falar e fazer propostas. As
propostas da base tem que ser debatidas e votadas. As votações tem
que ser respeitadas. No ano passado a assembleia votou propostas que a
diretoria não acatou, conforme vídeos na internet (www...). 
	- defendemos que as assembleias sejam as 16:00, que os representantes
na mesa de negociação sejam eleitos em assembleia com mandato
revogável, que não se assine nenhum acordo com desconto ou
compensação das horas. 
	- exigimos (principais pontos da pauta alternativa) ... 
	- defendemos que a PLR seja paga linearmente, mas que seja negociada
por fora das campanhas salariais. 
	- não podemos aceitar o discurso de que a queda dos lucros dos
bancos é justificativa para não conceder aumentos. Nosso salário
não pode ter relação com o lucro dos bancos. Isso seria legitimar a
exploração. 
	- o assédio moral e a superexploração que estamos vivenciando
todos os dias não são resultado da maldade deste ou daquele gerente,
não podem ser resolvidos por meio de mesas de “enrolação
permanente” nem de “comissões de fábrica”. O assédio é
resultado de uma política geral dos bancos. 
	- precisamos discutir um projeto de banco público dos trabalhadores,
que não esteja voltado para a concorrência comercial com os bancos
privados, para a extorsão dos clientes via tarifas, “produtos” e
juros, e que não pratique a superexploração dos funcionários. 
	- precisamos recolocar em pauta a estatização do sistema financeiro
sob controle dos trabalhadores. Os bancos ganharam muito dinheiro e
agora num período de crise os governos querem que os trabalhadores
paguem o prejuízo. 
	- precisamos unificar a nossa luta com a de outros trabalhadores,
buscando unificar calendários, piquetes, comando de greve. Correios e
petroleiros também têm o mesmo patrão e precisamos buscar formas
conjuntas de derrotá-los. 
	- para termos uma greve de verdade seria preciso preparação e
organização ao longo do ano, que a diretoria do sindicato não
realizou. Nós do Bancários de Base propomos que os trabalhadores se
reúnam, busquem formas de se organizar, elejam representantes
combativos, delegados sindicais, cipeiros, etc., que ao longo do ano
mantenham a organização e a resistência. 
	5º) Na reunião discutimos também a possibilidade de que os
companheiros do CL no Rio possam atuar como Bancários de Base – RJ,
sem estar necessariamente ligados à FNOB. 
	Diante disso, proponho que os pontos que discutimos na reunião
passada e na reunião deste sábado sejam repassados para os
companheiros do RJ, para irmos tirando propostas comuns de atuação
no movimento. 
	6º) Em relação à FNOB, definimos na reunião passada. 

	- exigir esclarecimento sobre a posição dos companheiros que foram
para a Contec; 

	- cobrar a finalização do jornal previsto para a campanha salarial;


	- cobrar a finalização do adesivo de campanha salarial; 

	- cobrar o funcionamento dos fóruns, chat da coordenação e lista; 
 Evidentemente, a reunião com os que estiverem presentes é soberana
para acatar ou não as propostas.
 Daniel
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 “So, understand! You waste your time always searching for those
wasted years! 
 Face up! Make your stand! And realize your living in the golden
years!” 
 “Então, entenda! Você perde seu tempo sempre buscando por aqueles
anos perdidos! 
 Encare! Tome uma posição! E perceba que você está vivendo nos
anos dourados!” 
 Iron Maiden, “Wasted Years” 
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